Julia Moioli | netzero.projetodraft.com | 14 jun 2022
Quando foi fundada, em 1952, a fabricante de papelcartão Papirus, sediada na cidade de Limeira, no interior paulista, tinha como objetivo principal produzir as embalagens dos chapéus da marca da família, a Ramenzoni.
Nas décadas que se seguiram, a empresa se modernizou e incluiu novos produtos ao portfólio, até se deparar, em meados dos anos 2000, com o maior dilema de sua existência: como gostaria de ser reconhecida e, acima de tudo, quais eram seus diferenciais e legados no mercado nacional de papelcartão?
Por mais incerto que o cenário se mostrasse à época, inclusive com mudanças na liderança, a resposta para essas indagações já estavam dentro da companhia desde o início, em seu próprio DNA.
Desde que rodou suas máquinas pela primeira vez, a Papirus lançou mão de uma matéria-prima característica, as aparas, como são chamadas as sobras do material cortado nos processos de produção (e, também, mais recentemente, todo papel reciclado coletado por catadores de cooperativas).
Nos anos 1950, elas eram a opção mais acessível. Mas, em 2008, despontaram também como uma solução sustentável e ecologicamente responsável.